quarta-feira, 30 de março de 2011

A Vanguarda do atraso: ainda se discute corredores de ônibus (BRT) na Avenida Paralela

O VLT (Veículo Leve sobre Trilhos) é um meio de transporte de alta capacidade, bem sucedido em vários locais do mundo, comporta mais passageiros, é menos poluente e mais duradouro, além de ter uma velocidade média de 70km/h contra 30km/h do BRT (Ônibus em faixas exclusivas). O chamado “bonde moderno”, na opinião do senador Walter Pinheiro, seria uma herança positiva para a Salvador do pós-copa.

“Não é um projeto para quatro anos e sim para 40. Salvador tem que ter um sistema de transporte de qualidade que estimule a quem tem carro deixá-lo em casa quando necessário. Diferentemente até do que alguns setores da imprensa baiana têm dito, o VLT é gerador de empregos e não substituirá os ônibus, que continuarão a alimentar o sistema central e farão a integração entre os modais. O importante é que o governo do Estado abriu o debate de forma conclusiva. Isso é que é não filosofar. A copa tem que ser uma janela de oportunidades, para que a mobilidade urbana da cidade seja um legado, até porque, as seleções não vão pegar nem BRT, nem VLT, nem metrô. O povo é que precisa de um sistema de transporte eficiente que atenda a 600 mil soteropolitanos. Se a PMI chegar à conclusão de que o modal deve ser o BRT, paciência. O importante é que, a partir disso, a gente terá a solução mais adequada, para não parecer que tem que ser a birra de um ou o desejo do outro”, avaliou Pinheiro.



A principal referência do BRT é a sua utilização em Bogotá, na Colômbia, onde esse sistema já encontra-se saturado e o metrô já começa a ser pensado como solução, enquanto o VLT tem experiências exitosas em Paris e Barcelona e até no Nordeste do Brasil, em cidades como Fortaleza e Recife.

Referência: Bahia Notícias

sábado, 19 de março de 2011

Desespero: Empresários de ônibus criticam modelo de gestão proposto pelo Governo do Estado

Foi realizada  nesta quarta-feira (16/03/11) uma reunião do Grupo de Trabalho (GT) que discute o transporte público em Salvador. Nesta reunião ficou clara a necessidade de criação de uma estatal para gerir todos os modais que forem integrados ao metrô. O ponto de divergência entre os membros da comissão reside na escolha do modal a ser construído para interligar o Acesso Norte ao Aeroporto, via Avenida Paralela: o BRT (corredores exclusivos de ônibus) ou VLT (Veículos Leve sobre Trilhos). O vice-prefeito e coordenador do GT, Edvaldo Brito, admite que técnicos da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) preferem o VLT, projeto já adotado em Fortaleza (CE), Recife (PE), Maceió (AL), Sobral (CE), Cariri (CE) e Macaé (RJ). Já o BRT, sistema de baixa capacidade operado por ônibus articulados e já saturado nas cidades onde foi implantado, é defendido por empresários do setor de ônibus da capital baiana. 

No entanto, em relação a proposta do Governo da Bahia de criar uma empresa estatal para administrar o novo modal de transporte integrado ao metrô, o superintendente executivo do SETPS, Horácio Brasil, discorda: “Para o metrô e os trens do subúrbio a proposta é perfeita. Já para os ônibus, precisamos avaliar as condições”.

 VLT de Fortaleza. Já em Salvador, ainda se cogita  ultrapassados corredores de buzu

Referência: Bahia Notícias

terça-feira, 1 de março de 2011

Lobby induz jornalistas baianos a dizerem que o BRT é 3,5 vezes mais barato que o VLT


Um forte lobby de representantes do segmento empresarial rodoviário está induzindo setores da imprensa baiana a difundir que o Bus Rapid sobre Pneus, sistema obsoleto que só existe em cidades do terceiro mundo, é 3.5 vezes mais barato sua implantação do que o VLT - Veículo Leve sobre Trilhos, projeto da Seplan para implantar em Salvador.

Isso não tem o menor sentido. Até porque o governo não iria tomar uma autorização de empréstimo junto a Assembléia Legislativa, via BNDES, no valor de R$570 milhões para implantar num sistema que já é testado em várias partes do mundo (o VLT), e só após os técnicos da Seplan fizeram um anteprojeto, testado e aprovado, se descobre que é triplo do preço. Em sendo assim, de acordo com o lobby dos rodoviários, já que o Bus Rapid é 3.5 vezes menos do que o VLT far-se-ia o Bus por R$190 milhões.